Empreendedora do RS fatura R$ 1 milhão com lingerie inclusiva

A empreendedora Camila Reginato, de 32 anos, trabalhava com publicidade e cansou de ver fotos de mulheres sendo retocadas para favorecer um padrão estético difícil de alcançar. Quando decidiu empreender, ela quis quebrar esses padrões. Em 2017, Reginato criou a Frida Underwear, uma marca de lingerie inclusiva, cuja proposta é oferecer peças bonitas e confortáveis para diversos tipos de corpos. “As mulheres reais são protagonistas da nossa marca. Aqui não manipulamos imagens e honramos as histórias das mulheres”, diz.

Para isso, a marca tem, por exemplo, peças para mulheres que amamentam e desejam usar um sutiã com renda. Ou ainda conjuntos em tamanhos maiores, desenhados para serem confortáveis e bonitos. As fotos de divulgação contam com modelos com corpos de diversos tamanhos, gestantes, com tatuagens, cicatrizes e estrias.

Baseada na cidade de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul, a Frida começou como um e-commerce e se tornou uma franquia em 2020, com foco em mulheres em busca de independência financeira. O investimento inicial para quem quiser se tornar franqueada fica entre R$ 6 mil e R$ 22 mil, a depender do modelo escolhido.

Modalidades de franquias

As modalidades da franquia são: digital, em que a franqueada vende somente pela internet; home office, em que a franqueada oferece produtos a pronta entrega para as clientes; e o Espaço Frida, com vendas em um espaço físico e foco em parcerias com estabelecimentos comerciais.

Em maio, a Frida lançou também a Frida Box, um modelo de assinatura em que a cliente recebe em casa todo mês um produto da marca, além de produtos e brindes de outras marcas voltadas ao bem-estar. A assinatura custa entre R$ 129 e R$ 159 por mês, a depender do plano escolhido. A meta é chegar a 300 assinantes até o final do ano.

A marca faturou 1 milhão de reais em 2021 e a expectativa é dobrar esse valor este ano. Hoje a Frida tem 35 franquias, com meta de chegar a 100 unidades. Para 2023, o plano é investir também em lojas próprias, com expectativa de abrir até dez unidades.

Reginato deixou seu emprego CLT aos 25 anos para empreender. Começou com uma agência de comunicação e teve também um espaço de coworking. Ambos depois foram incorporados à operação da Frida. Para mulheres que desejam apostas no próprio negócio, a empreendedora diz: “Todas temos medo, mas a gente tem que ir com medo mesmo e arriscar mais. Quando as coisas são feitas com amor, elas dão certo”.

 

Fonte: Exame
Foto: Divulgação

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